sábado, 9 de abril de 2011

A riqueza da vida...

Um dia acordamos e vemos que podemos fazer tudo diferente. Podemos trabalhar mais (ou menos), trocar amigos, acabar (ou começar) um relacionamento, comprar ou pagar as contas. São infinitas nossas possibilidades, basta decidirmos os caminhos que seguiremos e ponto. Porém, ver as pessoas que gostamos tomarem suas próprias decisões, sem pedir nosso conselho ou sem nos incluir na nova rota às vezes machuca e magoa profundamente.
Aprender a respeitar e principalmente aceitar essa decisão de mudança de curso é fundamental para termos paz interior. Pois, ninguém é obrigado a aturar um chefe chato, um colega carrancudo, um romance falido ou uma amizade já não compatível. Às vezes deixar uma história inteira para trás e construir uma nova é difícil, trabalhoso e nem sempre compreensível aos outros. As pessoas não estão acostumadas a serem parte de uma vida, elas querem ser o todo ou o centro e isso não é bom.
Há momentos na nossa vida que precisamos partir sem olhar para trás, sem ver como foram às pegadas que deixamos. Os frutos bons, ou ruins, serão colhidos através do tempo. Tempo esse que continua sendo o melhor conselheiro para os corações partidos, independente da dor sentida. Afinal, dor é dor, tristeza é tristeza, seja de morte de um familiar, de um amigo que nos esqueceu ou de um amor que se acabou.
Mas as pessoas são livres para decidirem o curso da sua vida ou o atalho que seguirão. Cabe a nós entender que aquela pessoa precisava ir, seja qual for o motivo. Cabe a nós consentir sua partida e deixar que os outros entrem naquele espaço. Não estou dizendo que as pessoas são substituíveis, mas se não deixarmos as portas abertas para que outros possam partilhar nossa companhia, poderemos deixar passar ótimos amigos, bons colegas, excelentes profissionais e quem sabe seu grande amor?
A vida já anda tão estressante, com tantos problemas sociais, políticos e familiares que nós não podemos perder nossas preciosas horas com coisas e fatos que não nos levarão a nada. Que não nos darão mais que uma dor de cabeça, algumas noites mal dormidas e um humor do cão. Vamos conhecer pessoas, partilhar vidas, ouvir música, tomar chimarrão e curtir esse friozinho que vem dia a dia chegando, de mansinho, mas para ficar durante uma temporada (assim como as pessoas que entram e saem das nossas vidas). Por isso vamos aprender a errar sem pedir conselhos, vamos entender os olhares, pedir menos explicações, deixar ir quem quiser partir e sermos felizes diariamente!

loira e lisa ?